29/06/2017

Resenha: A Ilha de Bowen



Nessa rotina de universitária, apresentações de trabalhos, pilhas e mais pilhas de apostilas e livros acadêmicos para ler, projetos de pesquisa e etc. Não achei que perderia meu ritmo de leitura que costumava ter no ensino fundamental e médio. As coisas mudam óbvio! E mesmo nessa correria toda não tenho do que reclamar já que estou fazendo algo que amo.

Antes de começar a resenha, vocês precisam saber que esse livro foi mais do que especial porque fez parte de um Book Tour. A Ísis do blog Trajeto Aleatório foi a idealizadora do projeto, convidou alguns blogueiros(as) e em parceira com a Editora Biruta + Gaivota que nos cedeu o livro.

O livro viajou bastante com os outros participantes e comigo não foi diferente. As horas em que dediquei ao livro foram os momentos no ônibus, me deslocando de casa para faculdade e vice-versa, pois era os momentos “livres” já que eu passava em torno de quase 2h para chegar ao meu destino. E também alguns finais de semana onde eu não estivesse tentando por as matérias em dia. (risos)


Sem contar com as ressacas literárias e a exaustão mental, A Ilha de Bowen reacendeu aquela sensação boa de ler um livro. <3 Minha primeira observação é:

Os personagens são muito bem desenvolvidos!

Cada personagens nesta estória tem sua personalidade, encantos e peculiaridades. Começando por Ulisses Zarco, sujeito de atitudes grosseiras e um tanto mal-educado, mas é excêntrico de uma maneira surpreendente.


“Grosseiro, mal-humorado e arrogante. É homem de muito caráter, geralmente mau, mas é pura fachada. Se lhe disser coisas inconvenientes não leve a sério.” – pág. 30

Sua inteligência, capacidade de analisar situações e seu humor explosivo, lhe dá um conjunto de características impressionantes.

Lady Elisabeth Faraday é uma mulher incrível, inteligente e muito perspicaz. Algumas situações colocaram-na como um fardo, em outras, como o ponto principal para destrinchar o caso. No geral, o autor mostrou que ela era mais do que capaz em ajudar e muito mais forte do que todos que a subestimavam.


Já Samuel Durango, em quase todo o livro é o rapaz quietinho, introspectivo, de poucas palavras e de ar misterioso. No decorrer da estória vamos descobrindo que ele é muito mais do que aparenta ser. Além de trabalhar como fotógrafo para Zarco, ele também joga xadrez muito bem e isso será uma característica importante mais para frente (não vou dar spoilers, leiam e descubram <3).  

Ao longo do livro, no final de alguns capítulos aparecem uma à duas páginas do diário de Samuel. Seus pensamentos, anseios, frustrações, ler seus relatos fez com que eu criasse uma empatia por ele e me identificasse.



Katherine Foggart, Adrián Cairo entre outros personagens também são cativantes mas preferi comentar um pouco sobre os três acima porque me identifiquei muito mais com eles. <3  



A Aventura começa com a Lady Elizabeth e sua filha Katherine indo em busca de Zarco para encontrar seu desaparecido marido – Jhon Foggart –  que lhe enviara um objeto metálico, nunca visto antes. Isso despertou o interesse de Zarco além de ajudar a Elizabeth a encontrar seu marido.

Organizaram uma expedição e navegaram por várias ilhas em busca de Jhon Foggart e seu intrigante objeto metálico. A partir daí , encontram pistas e mais pistas, desvendavam códigos e ainda são perseguidos por Ardan, um milionário ganancioso que só pensa em lucrar a qualquer custo. A busca se encerra ao encontrarem a ilha descrita no códice que o Santo Bowen escrevera milhares de anos atrás.

 Tudo na ilha é um mistério, os autômatos, o solo fértil e clima “tropical”, mesmo a ilha estando localizada no ponto mais frio da terra.


No mais, o livro tem uma ótima diagramação, uma narrativa cativante e que prende o leitor. Gostei bastante do livro. No final, o autor deixa uma nota explicando sobre as influências de Julio Verne em seus escritos e outros detalhes sobre as pesquisas feitas para desenvolver  o livro.


Nenhum comentário:

Postar um comentário